segunda-feira, 25 de agosto de 2014

PERIODIZAÇÃO DA LITERATURA EM PORTUGAL E NO BRASIL - TROVADORISMO

 
(clique nas figuras para visualizá-las em tamanho maior)



* Estilo individual: maneira particular de um poeta utilizar a língua;

* Estilos de Época ou Escolas Literárias: fases literárias menores caracterizadas em função dos estilos individuais dos artistas, do contexto histórico e das tendências de cada período.


 
 
 
 
CANTIGAS LÍRICAS
CANTIGAS DE AMOR
CANTIGAS DE AMIGO
- origem provençal;
- origem galego-portuguesa;
- eu-lírico masculino;
- eu-lírico feminino;
- objeto desejado: a dama;
- objeto desejado: o amigo;
- o homem presta a vassalaagem amorosa: sofre pelo amor não correspondido (coita);
- a mulher sofre pelo amante, namorado ausente;
- mulher idealizada, superior;
- mulher real, mais concreta;
- ambiente palaciano (aristocrático).
- ambiente rural (popular).


CANTIGAS SATÍRICAS
CANTIGA DE ESCÁRNIO
CANTIGA DE MALDIZER
- ataque indireto;
- ataque direto;
- predomínio da ironia e do sarcasmo;
- predomínio de palavras chulas (baixo nível);
- crítica a costumes, pessoas e acontecimentos;
- crítica a costumes, pessoas e acontecimentos;
- não declaração de nomes.
- declaração de nome da pessoa criticada.

 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O MODERNISMO BRASILEIRO - 1ª FASE


ESCOLA ESTADUAL PAULO JOSÉ DERENUSSON - “VENCENDO DESAFIOS, CONQUISTANDO VITÓRIAS”

LITERATURA BRASILEIRA - PROF. MARCELO MACIEL DE ALMEIDA (www.macieldealmeida.blogpost.com)


Nome: ____________________________________________________________ 3º 303



Complete as informações abaixo de acordo com o vídeo que você assistiu:

O marco inicial do Modernismo é a ________________________, em 1922. Esse período constitui-se por três gerações, sendo que a primeira vai do de 1922 à ________. Essa primeira fase é constituída como fase de destruição ou ________________.

Contexto histórico: crise econômica; Revolta Tenentista; fundação do Partido Comunista; São Paulo = centro econômico cultural; Semana de Arte Moderna.

Características: experimentalismo (mistura de gêneros, conflitos); pesquisa estética; rompimento do acadêmico; rompimento com as estruturas do passado (nova arte brasileira); busca do original, do polêmico; busca de uma língua ____________; nacionalismo (crítico e ufanista); paródia; humor; liberdade formal (não seguir as normas _____________), cotidiano, espaço ___________.

Autores e obras: 1- Oswald de Andrade (polêmico, nacionalista, apego à geografia brasileira, contra convenções sociais e estéticas, satírico, irônico). Obras: Memórias Sentimentais de João Miramar; Serafim Ponte Grande. Poesia: Pronominais (“Dê-me um cigarro x Me dê um cigarro) = coloquialismo; contra o parnasianismo/classicismo. 2- Mário de Andrade (aprofundou-se nas pesquisas da história brasileira, valorização de São Paulo. Obras: Pauliceia Desvairada (Prefácio interessantíssimo) = impulso inconsciente; Macunaíma (“o herói sem nenhum __________” = anti-herói, preguiçoso) > Brasil = miscigenação. Outros autores e obras: 3- Raul Bopp (Cobra Norato); 4- Cassiano Ricardo (Vamos caçar papagaios); Plínio Salgado (O estrangeiro); Antônio de Alcântara Machado (Brás, Bexiga e Barra Funda).

quinta-feira, 24 de julho de 2014

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO. PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO.

1- FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

1.1- FRASE: todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. Exprime, por meio da fala ou da escrita: ideia, emoções, ordens e apelos.
Define-se pelo seu propósito comunicativo (= capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada).

Exemplos:
Luiz e Sefany são namorados.
Espantoso!
Não vá embora.

Obs.: frase sem verbo = frase nominal.

As frases classificam-se em:

1.1.1- Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida...” (Machado de Assis)

1.1.2- Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?” (Machado de Assis)

1.1.3- Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado de Assis)

1.1.4- Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto...” (Machado de Assis)

1.1.5- Optativa: expressa um desejo. "Tomara que você passe na prova".

Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser complementada pela situação em que o falante se encontra (contexto linguístico).
Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação (= melodia frasal). Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o que acaba tornando necessário que as frases escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa maior complexidade linguística leva a frase a obedecer as regras gerais da língua. Portanto, a organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por isso é que:
*As meninas estavam alegres.
(Sujeito simples: As meninas; verbo de ligação: estavam; predicado nominal: estavam alegres; predicativo do sujeito: alegres)

*Alegres meninas estavam as. Não é considerada uma frase da língua portuguesa.

2- ORAÇÃO: É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.

2.1- Orações coordenadas: são orações independentes entre si.
2.1.1- Oraçôes coordenadas assindéticas: são orações que não apresentam conjunções.
2.1.2- Orações coordenadas sindéticas: são orações que apresentam conjunções.

2.2- Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas
De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.

a) Aditivas
Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas.
Ex.: Paulo estuda e trabalha.

As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação social do país.

Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a forma "e nem" para introduzir orações aditivas.

b) Adversativas
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sidéticas alternativas.

Exs:
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Renata gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.

Saiba que algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.

Por Exemplo:
Deus cura, e o médico manda a conta.

Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!"

- A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo.

Ex:
Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.

c) Alternativas: Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.

Exs:
Diga agora ou cale-se para sempre.
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.

Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá".

d) Conclusivas: Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.

Exs:
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
O time venceu, por isso está classificado.
Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.

e) Explicativas: Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.

Exs:
Vou embora, que cansei de esperá-lo.
Diego devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimete Josy, pois hoje é o seu aniversário.

Atenção:
Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiais causais. Observe a diferença entre elas:

- Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior.

Ex.:
A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)

- Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato.

Ex.:
Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.)

Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

ORTOGRAFIA: PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS

PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS

Parônimos são palavras parecidas na grafia ou na pronúncia, mas com significados diferentes.


absolver = perdoar, inocentar
absorver = aspirar, sorver
cavaleiro = aquele que cavalga
cavalheiro = homem cortês
comprimento = extensão
cumprimento = saudação
descrição = ato de descrever
discrição = qualidade de discreto, reserva
descriminar = tirar a culpa
discriminar = distinguir
despensa = onde se guardam mantimentos
dispensa = ato de dispensar
docente = relativo a professores
discente = relativo a alunos
emigrar = deixar uma região ou país
imigrar = entrar num país
eminente = elevado
iminente = prestes a acontecer
estada = permanência de pessoas
estadia = permanência de veículos
flagrante = evidente
fragrante = perfumado
imergir = afundar
emergir = vir à tona (=superfície)
inflação = alta dos preços
infração = violação
mandado = ordem judicial
mandato = procuração
ratificar = confirmar
retificar = corrigir
soar = produzir som
suar = transpirar
tráfego = trânsito
tráfico = comércio ilegal
vultoso = volumoso
vultuoso = atacado por congestão na face.

TERRA, Ernani. Curso Prático de Gramática. Editora Scipione: São Paulo, 1996 (adpatado).

terça-feira, 15 de julho de 2014

VOLTA ÀS AULAS

Em função da "Copa do Mundo", as aulas voltam hoje, no dia quinze de julho de 2014, data em que também volto a publicar no blog. 

Para a primeira aula de meus três anos do Ensino Médio, decidi realizar a dinâmica "O Abrigo Subterrâneo", adaptada do sítio http://facila.wikispaces.com/file/view/Din%C3%A2mica+-+O+abrigo+subterr%C3%A2neo.pdf

A atividade por mim desenvolvida encontra-se no sítio http://pt.scribd.com/doc/233940321/Abrigo-Subterraneo-Atividade-de-Lingua-Portuguesa

Peço a Deus que sempre ilumine meu exercício docente e que eu possa preparar boas aulas, dinâmicas, não abandonando, porém, o livro didático. Peço a Deus que ilumine também meus colegas, para que possamos juntos contribuir com a formação de nossos alunos,  melhorando o desempenho dos mesmos.

Uma nova etapa inicia-se! Mãos às obras!


 

domingo, 20 de abril de 2014

Como explicar a nova acepção de "recalque" na Língua Portuguesa?

Imagem disponível em www.purebreak.com.br Acesso em 20/04/2014

Como explicar a nova acepção de "recalque" na Língua Portuguesa?

Por Marcelo Maciel de Almeida (20/04/2014)

Em programas humorísticos, é comum o emprego desse item lexical pela comunidade "GLS". Hoje, deparo-me com a sigla "LGBT". Parece-me difícil assimilar os significados das letras "S", "B" e "T". "SBT", no meu entendimento, significa "Sistema Brasileiro de Televisão". Bem, voltemos à questão do "recalque"!
A primeira vez que me deparei com o vocábulo supracitado foi no Curso de Pós-Graduação em "Linguística: Análise do Discurso" (2005-2006), na Universidade Federal de Uberlândia. Tratava-se da disciplina "Discurso e Psicanálise", ministrada pelo prof. Dr. Ernesto Sérgio Bertoldo. Como se percebe, trata-se da acepção psicanalítica.
Segundo o jornalista Vitor Ângelo, o novo “recalque” não deve ter nascido no universo LGBT. “Conheço o termo da psicanálise e a versão popular, que denomina uma pessoa ressentida (...)", diz o jornalista.
Para um dos donos do perfil Tipos de Biscat no Twitter (@tiposdebiscat), Leonardo Polo, a palavra ganhou destaque no Orkut, rede social que precedeu o Facebook. “A primeira vez que eu ouvi foi no colégio. É muito de época de Orkut, principalmente das piadinhas de briga entre divas, como Britney Spears. O recalque aparece nesse contexto da inveja”, comenta.
Para o psicanalista Wilson Buran, a popularização do termo sem o sentido original é um fato comum, que acontece quando leigos se apropriam de uma palavra sem utilizar o entendimento acadêmico.
Vitor Ângelo atribui a fama do recalque à popularização de outros transtornos. “Hoje em dia, se você está alegre em um momento e triste no outro, você é ‘bipolar’. Não significa que seja diagnosticado, mas houve uma popularização da psicanálise”, comenta.
A disseminação do recalque também é sentida nos estilos musicais, especialmente no funk. Desde os anos 2000, músicas com enredos e títulos referentes a recalque e derivados dominam as playlists de jovens frequentadores de baladas noturnas. Lançada em 2013, a música “Beijinho no Ombro”, do projeto solo de Valesca Popozuda, emprega o termo como sinônimo de inveja.
"É uma música que não precisa de palavrão, ela é forte. ‘Beijinho no ombro’ é uma gíria usada há muito tempo e afastar a inveja é necessário”, comenta a funkeira, que não lembra quando foi a primeira vez que ouviu a palavra, mas recomenda banho de sal grosso e beijinho no ombro para combater os males do “recalque”.
Acreditava eu que a expressão "beijinho no ombro" fora cunhada pela grande pensadora contemporânea e feminista Valesca Popozuda. O uso coloquial do termo "recalque" pode ser explicado pela sociolinguística, ramo da linguística que estuda a relação entre a língua e a sociedade. Em outras palavras, a sociolinguística é o estudo descritivo do efeito de qualquer e todos os aspectos da sociedade, incluindo as normas culturais, expectativas e contexto, na maneira como a linguagem é usada, e os efeitos do uso da linguagem na sociedade.

REFERÊNCIAS:
CASTANHO, BIANCA. De Freud à gíria: recalque bate, volta e muda de significado. Disponível em http://delas.ig.com.br/comportamento/2013-10-05/de-freud-a-giria-recalque-bate-volta-e-muda-de-significado.html Acesso em 20/04/2014

SOCIOLINGUÍSTICA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociolingu%C3%ADstica Acesso em 20/04/2014

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