- INÍCIO DO ROMANTISMO: final do século XVIII, na Alemanha e na Inglaterra, passando pela França e, aos poucos, espalhando-se por toda Europa de onde se difundiou para a América
- FIM DO ROMANTISMO: primeira metade do século XIX, quando apareceram as primeiras manifestações realistas.
CONTEXTO HISTÓRICO:
- Disputas de poder e revoluções;
- REVOLUÇÃO FRANCESA: Consolidou a transferência do absolutismo para o liberalismo;
- Ascenção da burguesia.
CARACTERÍSTICAS:
- Individualismo: O "eu" é a figura principal; predomínio da primeira pessoa;
- Emoção: subjetivismo, imaginação, desejos, expressão do "eu interior";
- Escapismo ou evasão: refúgio na natureza, lugar ainda não corrompido; nos sonhos, substituindo as dores da vida real; na morte, vista como algo positivo e constantemente inovcada; vida boêmia; culto da solidão; gosto pelo passado, lugares exóticos e mórbidos;
- Liberadade de criação: abandono das formas fixas dos modelos clássicos (ode, soneto, decassílabos, etc.); abandono das rimas e valorização dos versos brancos (versos não rimados); mistura dos gêneros; neologismos (palavras novas); aproximação da linguagem literária da coloquial;
- Nacionalismo: valorização da pátria, dos heróis nacionais e do passado histórico. Portugal: cavaleiros e heróis medievais; Brasil: "mito do bom selvagem" - índio idealizado, sempre bom, forte e bonito;
- Religiosidade: opõe-se ao paganismo da escola anterior; redescobrem-se as fontes bíblicas, principalmente as derivadas do cristianismo;
- Idealização do amor e da mulher: Amor - essência da vida, sentido de tudo; mulher - objeto do amor romântico, divinizada, cultuada, misteriosa, pura (virgem).
ROMANTISMO EM PORTUGAL
- INÍCIO DO ROMANTISMO EM PORTUGAL: 1825, com a publicação do poema Camões, de Almeida Garret.
- FIM DO ROMANTISMO EM PORTUGAL: 1865, Com a Questão Coimbrã, que marca o início do Realismo.
GERAÇÕES OU MOMENTOS DO ROMANTISMO PORTUGUÊS (autores e obras):
- Primeiro momento: autores ainda presos a certos valores neoclássicos: Almeida Garrett (Camões, Folhas Caídas, Viagens na minha terra, Um auto a Gil Vicente, Frei Luís de Sousa) e Alexandre Herculano (Eurico, o presbítero);
- Segundo momento (Ultra-romantismo): Intensificação das características românticas, que são levadas ao exagero: Soares de Passos (O noivado no sepulcro) e Camilo Castelo Branco (Amor de Perdição);
- Terceiro momento: Prenúcio do Realismo, distanciamento das características românticas do período inicial: João de Deus (Campos de flores) e Júlio Diniz (As pupilas do senhor reitor).
ROMANTISMO NO BRASIL
- INÍCIO DO ROMANTISMO NO BRASIL: 1836 - publicação de "Suspiros poéticos e saudades", de Gonçalves Magalhães e da Revista Niterói, na França;
- FIM DO ROMANTISMO NO BRASIL: 1881 - publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", romance realista de Machado de Asiss e publicação de "O Mulato", romance naturalista de Aluísio de Azevedo.
AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS NO BRASIL (POESIA)
- Romantismo brasileiro - dá início à chamada Era Nacional da nossa literatura:
- ERA NACIONAL DA LITERATURA BRASILEIRA:
- ROMANTISMO (séc. XIX)
- REALISTMO-NATURALISMO (séc. XIX)
- PARNASIANISMO (séc. XIX)
- SIMBOLISMO (séc. XIX)
- PRÉ-MODERNISMO (séc XIX)
- MODERNISMO (séc. XX)
AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS NO BRASIL (POESIA):
- PRIMEIRA GERAÇÃO - NACIONALISTA OU INDIANISTA: lusofobia; valorização da pátria, dos heróis nacionais e do passado histórico; autores: Gonçalves de Magalhães (Suspiros poéticos e saudades) e Gonçalves Dias (Canção do Exílio, I-Juca Pirama);
- SEGUNDA GERAÇÃO - ULTRA-ROMÂNTICA OU "MAL DO SÉCULO": angústica, dor, escapismo, infância e morte ("mal do século); autores: Álvares de Azevedo (Lira dos XX anos; Noite na Taverna); Casimiro de Abreu (Meus oito anos) e Fagundes Varela.
- TERCEIRA GERAÇÃO - SOCIAL E LIBERTÁRIA - "CONDOREIRA": aprofundamento do espírito nacionalista, do liberalismo e da poesia social e libertária (condor= ave que consegue voar acima da Cordilheira dos Andes); autor: Castro Alves, o poeta dos escravos, cujos temas eram a escravidão, a república e o amor erótico (Navio Negreiro).
ROMANTISMO NO BRASIL (PROSA):
TIPOS DE ROMANCE (ambientação, temática e autores):
- Corte: romances urbanos (retratavam a vida social da época sem grande aprofundamento psicológico; cenário: cidade grande, a corte; falava da vida social do RJ, de suas festas, os saraus e de passeios no campo ou no litoral);
- Província: romances regionalistas (relacionamento do homem com o ambiente físico, descrevendo várias partes da paisagem brasileira), históricos e indianistas (valorização de nossas origens, transformando as nossas personagens em grandes heróis - índio = "bom selvagem").
ROMANCES URBANOS (autores e obras):
- Joaquim Manuel de Macedo (A Moreninha);
- José de Alencar (Senhora);
- Manuel Antônio de Almeida (Memórias de um sargento de milícias).
ROMANCES REGIONALISTAS (autores e obras):
- José de Alencar (O gaúcho);
- Bernardo Guimarães
- Visconde de Taunay
- Franklin Távora
ROMANCES HISTÓRICOS (autores e obras):
- José de Alencar (As minas de prata)
- Visconde de Taunay
ROMANCES INDIANISTAS:
- José de Alencar (Iracema, Guarani, Ubirajara)
O TEATRO ROMÂNTICO
- Martins Pena: comédias de costumes - crítica a muitos aspectos da vida brasileira da época. Obra: O Noviço.
MARCELO MACIEL DE ALMEIDA
À Eithne Ní Bhraonnain, minha eterna musa
Pintaste o céu com estrelas
de todas, és a mais bela!
Quando escrevo, penso sempre em ti
e vôo até as estrelas!
Minha doce Musa, Menina peregrina
Amar-te é meu único fado...
Doce estrela celta, doce canto etéreo,
Abraçar-te é meu único desejo...
Guardo-me para ti, para um dia poder tocar-te,
como toco as teclas de um piano!!!
Amada, Estrela celeste, Bardo incansável
Da tua torre de marfim, compuseste os sons mais puros e límpidos!!!
Meu amor por ti é infinito!
Se pintar o céu com estrelas é teu doce ofício,
o meu é contemplar este céu azul caribenho...
O tigrao vai te ensinar
Quer dancar, quer dancar
O tigrao vai te ensinar
Vou passar cerol não mão
Assim Assim
Vou cortar você na mão
Vou sim vou sim
Vou aparar pela rabiola
Assim Assim
Vou trazer você pra mim
Vou sim vou sim
Eu vou cortar você na mão
Vou mostrar que eu sou tigrão
Vou te dar muita pressão
Então martela, martela
Martela o martelão
Levante a mãozinha
Na palma da mão
É o bonde do tigrao
Então martela, martela
Martela o martelão
Levante a mãozinha
Na palma da mão
É o bonde do tigrão
REFERÊNCIAS:
A obra do mestre do romantismo, disponível em http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u50.jhtm, acesso no dia 08/03/2011
Cerol na mão (Bonde do Tigrão), disponível em http://letras.terra.com.br/bonde-do-tigrao/168650/, acesso no dia 08/03/2011
Minha Musa, disponível em http://www.temploxv.pro.br/obraxv.aspx?Obra=5575&Entidade=1&idAutor=612, acesso no dia 08/03/2011
O Romantismo em Portugal, disponível em http://www.brasilescola.com/literatura/o-romantismo-portugal.htm, acesso no dia 08/03/2011
Vestibulando Digital - do Trovadorismo ao Simbolismo - profa. Edna Prado, Cultura, acesso no dia 08/03/2011